XI Congresso Português de Sociologia
Identidades ao rubro: diferenças, pertenças e populismos num mundo efervescente
Lisboa, ESPP/ISCTE-IUL e ICS-ULisboa, de 29 de junho a 1 de julho, 2020
Secção Sociedade Civil, Economias Alternativas, Voluntariado
São múltiplos os termos e expressões que podemos usar para designar fenómenos sociais que estruturam a sociedade portuguesa em particular e as sociedades contemporâneas de forma geral no que diz respeito a formas organizadas da sociedade civil. Organizações não-governamentais, organizações sem fins lucrativos, terceiro setor, economia social, economia solidária, economia popular e microempreendedorismo, empresas sociais, empreendedorismo social e coletivo, setor voluntário, militantes, ativistas, movimentos sociais, participação cívica… As possibilidades são inúmeras para designar o envolvimento dos indivíduos em sociedade, frequentemente de forma coletiva e mais ou menos organizada, com o intuito de produzir bens e serviços, respondendo a necessidades ou aspirações, intervindo em representação dos seus membros, em defesa de interesses comuns, ou tecendo e fortalecendo laços de pertença e de solidariedade.
Nos últimos 40 anos esta área tem vindo a afirmar-se, refletindo as tendências das transformações sociais quer ao nível da auto-organização da sociedade e das políticas públicas, quer ao nível do seu estudo, traduzindo-se no aumento de investigação, publicações e associações multidisciplinares.
O enfoque nestes conceitos atravessa fronteiras disciplinares, mas este objeto de estudo é tratado também em vários ramos da sociologia, sendo indubitável que a sociologia tem uma abordagem particular.
Neste sentido, a SCEAV apela a contribuições nas seguintes linhas temáticas:
- Economias social, solidária e popular, suas práticas e enquadramentos legais;
- Empresas sociais, seus ecossistemas e contextos institucionais;
- Instituições de solidariedade social, redistribuição e políticas sociais;
- Empreendedorismo social, solidário e coletivo;
- Inovação social, nomeadamente perante as crises;
- Identidade, solidariedade e capital social;
- Novas e velhas formas de filantropia;
- Novos movimentos socioeconómicos, políticos e culturais;
- Economia de proximidade, soberania alimentar e moedas locais/sociais;
- Sociedade civil, voluntariado e participação social;
- Bens comuns e autogestão